Deixa eu dar mais detalhes: Minha irmã morava em outra cidade e meus pais e minhas outras irmãs viajavam com certa freqüência, para visitá-la. Com outra certa freqüência eu “não podia ir junto”, e tinha que ficar em casa sozinho. Era tanta solidão que eu tinha que fazer umas reuniões com churrasco, espetinho, cerveja e muitos amigos e amigas.

Numa dessas, o Fernando Della Giustina, amigo meu, trouxe um amigo seu e seu violão. O agito estava meio forte e ele apenas apresentou-o rapidamente. Lá pelas tantas, o cara começou a tocar e cantar. E todo mundo achava que o amigo estava imitando o Jessé – cabelo, voz etc. Não muito original, mas mesmo assim arrasou. As amigas só queriam ficar em volta do cara.

Dia seguinte, ressaca na facul, o Della Giustina revelou o mistério:
– “Sabe quem era o cara na tua casa, ontem?”
– “Não vai brincar que era mesmo o Jessé!!!”
– “O próprio. Pediu pra não apresentá-lo”

Hoje a música também me une aos dois. Jessé morreu novo. E o Della Giustina também.