Família

Sempre Onde Estiver

Saudade da minha mãe. Ainda não estou pronto para escrever sobre a falta que ela faz nem sobre a presença que ela é. Por enquanto, reproduzo o bom texto de Aline Peres, publicado na Gazeta do Povo em 7 de agosto de 2013:

Dirce Miró Vianna

Um bilhetinho guardado com esmero e encontrado recentemente na carteira de Dirce diz um pouco sobre seus relacionamentos. “Aqueles que nós amamos e perdemos não estão mais onde estavam, mas estão sempre onde estamos.” A frase sem autor refletia a importância que cada um tinha em sua vida. A professora que alfabetizou e ensinou Ciências a tantos curitibanos por 32 anos aliava sua rigidez com os padrões éticos e morais com a leveza ao buscar atingir uma vida plena. Aos 72 anos, usufruiu da imensidão do céu azul ao voar de ultraleve, em uma viagem a Porto Seguro (BA). Até os 75 anos, ainda acompanhava os netos para um banho de cachoeira na Serra do Mar. O desejo não tinha limites.

Era o tipo de mulher que, ao ouvir um noticiário no telejornal sobre corrupção, por exemplo, “discutia” em voz alta com o repórter. E durante a sua trajetória manteve-se assim, fiel a suas opiniões. Assim também era com os amigos. Havia 60 anos participava do “Lanche das Gatinhas”, encontro mensal que reunia as amizades do Instituto de Educação; as visitas às amigas do Grupo Escolar Tiradentes, na Praça 19 de Dezembro, escola em que lecionou por boa parte de sua vida; a turma da Rua Piquiri, no bairro Rebouças, onde nasceu e viveu sua juventude; a Rua Inácio Lustosa, endereço que incluiu em seu rol de afetividades após o casamento, e tantos outros que foi amealhando ao longo das décadas. Recebeu, acolheu e cozinhou para outros tantos amigos e familiares – principalmente quando fazia a “melhor feijoada do planeta”, na opinião do filho. “Ela soube construir sonhos atingíveis e conseguiu realizá-los.”


Para os Pedacinhos Meus

“Toda vez que você parte, leva um pedacinho meu. Leve e guarde com carinho, que eu guardo o pedacinho seu que você deixa, e mantenho conservado no amor e na saudade.”

Originalmente, dediquei esta frase à Princesa Kika. Mas ela vale para todos os pedacinhos meus que levantam e vão cumprir suas missões lá longe.


Meu Pai, Graças a Deus

Meu pai morreu no dia 30 de abril de 1996. Sempre soube que todos morreremos, mas encarar a perda de uma pessoa amada é um choque que não se compara a nada. Incrivelmente, apesar da imensa dor que estava sentido, me senti grato por ter podido conviver e aprender com ele. Ao voltar de seu enterro, entrei na oficina que havia em minha casa, tomei um “gin tônica” e comecei a escrever compulsivamente. Este texto fluiu naturalmente, como se tivesse literalmente brotado da mistura de sentimentos que me invadiram. Para ler, clique aqui


Dirce

O cartão que escrevi para o aniversário de 70 anos desta mulher doce, corajosa, meiga e amorosa a quem Deus me concedeu o privilégio de ter como mãe. Para ler, clique aqui


Para Minhas Irmãs


Alfredo Gulin

Meu sogro. Em 2011 o “Seu Alfredo” recebeu uma homenagem póstuma, quando seu nome foi dado a uma rua. Escrevi este texto para que fosse gravado em uma placa a ser fixada no local, dando um mínimo de informação aos eventuais interessados. Em minha opinião, Alfredo Gulin foi o principal empreendedor do transporte público de Curitiba. Para ler, clique aqui


Oração da Maçaneta

Um dia, quando eu era adolescente, meu pai me deu para ler um recorte da Gazeta do Povo. Estranho que lembro bem da cena, mas não estou seguro se aquele tempo realmente existiu…. Muito tempo depois (mais de vinte anos), ao verificar os bolsos do paletó que vestiria nele para ser enterrado, encontrei um maço de papéis e, entre tantas outras coisas interessantes, estava aquele recorte. Foi emocionante ler outra vez aquilo, naquela situação. Agora, mais nove anos passados, mexendo nas minhas coisas, encontrei o mesmo maço de papéis e o recorte. Li outra vez, mas agora uma inusitada sensação: entendo o que meu pai sentiu quando me deu o recorte para ler e ao mesmo tempo entendo o que meus filhos vão sentir quando eu lhes oferecer a mesma leitura. Mais: tenho certeza que, daqui a uns trinta anos, eles vão entender o que sinto neste momento quando a maçaneta gritar e cantar pelos seus filhos – junho/2005. Para ler, clique aqui

O Vazio, do meu Ponto de Vista


Bata (Beatriz)

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