‘No princípio, criou Deus os céus e a terra. ‘
Gênesis 1:1
Deus criou o universo, os céus e a terra. Deus criou todas as coisas. Tudo.
Se você não crê em Deus e simplesmente não aceita que Ele criou tudo, provavelmente crê que “tudo” sempre existiu, sem que tenha havido um começo. Ou acata apenas a teoria do Big Bang, para explicar o começo de forma exemplarmente lógica. Neste caso, ainda restam algumas perguntas, como “o que foi que explodiu?” ou “como era antes da explosão?”, para as quais desconheço as respostas.
Se você é crente e conhece a Palavra, as perguntas são outras e as respostas são muito bem definidas. Você pode entender literalmente todo o texto trazido em Gênesis ou atribuir interpretações pessoais conciliadoras.
Na verdade, quero expor conjecturas sem considerar se você é crente ou não, porque muitas coisas constituem verdades tanto para crentes como para céticos, simplesmente porque são incontestáveis.
Por exemplo: Alguém ousa contestar ou duvidar da Lei da Gravidade? Pode haver quem não conheça os aspectos científicos da Lei da Gravitação Universal e, portanto, não seja capaz de efetuar cálculos de força, aceleração, velocidade e outros atributos da gravidade, mas certamente todos sabemos que as coisas caem. Aliás, todos conhecemos os conceitos “em cima” e “em baixo” apenas porque existe a gravidade. É intuitiva a noção que, quando algo cai, vem de cima para baixo. Se não houvesse gravidade, nada cairia e, portanto, os conceitos “em cima” e “em baixo” não fariam sentido.
Assim como a “Lei da Gravidade”, toda a física é constituída de “leis”. Na física, define-se lei como “Relação constante entre fenômenos da Natureza, ou entre as fases de um mesmo fenômeno.” [1]. Relação constante . Algo que não muda. Sempre foi, é, e sempre será. Ninguém ousa propor uma alteração a uma lei da física, de forma a obrigar que os fenômenos passem a ocorrer de outra forma. Imagine:
“a partir da próxima segunda feira, a Lei da Gravidade passará a vigorar com nova redação. Onde se lê que “os corpos se atraem”, LEIA-SE “os corpos se repelem”. Portanto, os corpos passarão a se afastar uns dos outros, em vez de se aproximarem. Todas as demais disposições da referida lei permanecem em vigor”.
Absurdo, não? É claro que não faz sentido. Crente ou cético, ninguém cogita de algo assim.
Gosto de pensar em quão maravilhosa é toda a física. Repleta de leis, pois tudo tem um comportamento físico constante. Imutável. As galáxias, constelações, estrelas, planetas e toda a matéria e energia que existe, se equilibram de acordo com as leis da física. O comportamento é eternamente o mesmo. O equilíbrio de forças de acordo com tantas leis – gravitação, movimento, conservação da massa-energia, eletricidade, magnetismo, ótica – aplica-se tanto aos corpos celestes, com suas proporções gigantescas de tamanho, massa, força e distância, quanto em escala atômica, para os átomos, elétrons, prótons e nêutrons.
E na química, outras tantas leis. São leis que traduzem o comportamento constante e imutável da interação entre os elementos, que se combinam para formar substâncias, que, por sua vez, se misturam, que reagem, que são inertes, que explodem.
Na biologia, todas as leis se encontram. Física e química interagem e realizam o milagre da vida. Átomos, moléculas, elementos. A mesma matéria inanimada, organizada pela biologia, segundo suas leis, é dotada de vida, que é a maravilha da criação. O sopro de Deus.
Você pode crer que tudo isto é aleatório. Toda a matéria sempre existiu, e nunca teve um propósito. Todas as leis naturais sempre existiram, porque assim é que as coisas são. A vida é um fenômeno acidental, nada além de matéria animada.
Ou você pode simplesmente nunca ter pensado sobre isso, “as coisas são assim e pronto”.
Mas eu sou convicto que tudo é um único e maravilhoso projeto, deliberado, intencional. A matéria organizada em galáxias, estrelas e planetas, é composta de moléculas, átomos e partículas ainda menores. Todas as leis da física, da química e da biologia são detalhes deste estupendo projeto, cujo vértice é a vida, o sopro de Deus.
[1] “lei”, in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2013, https://www.priberam.pt/dlpo/lei [em 01-06-2017].
Escrevi estas conjecturas em 2017, para registrar minha admiração pela perfeição da criação – a OBRA INTENCIONAL DE DEUS.